Um empresário brasileiro, Flávio Figueiredo Assis, prometeu algo ao Brasil: uma montadora de automóveis elétricos e híbridos 100% nacional.
Hoje, o mercado nacional de carros elétricos (que cresceu cerca de 89% em 2024) é dominado pela chinesa BYD, que soma 77,7% de participação no total de vendas, de acordo com levantamento de fevereiro de 2025.
Mas os planos de Assis envolvem a construção de uma fábrica nacional para a produção carros híbridos e elétricos brasileiros, alocada no estado do Espírito Santo, em Sooretama, município a cerca de 100 km da capital Vitória.
"Com uma proposta inovadora, produzimos carros com tração 100% elétrica, sem necessidade de recarga em tomadas, tornando a tecnologia ível e prática", diz o website oficial da Lecar, que se denomina "a primeira montadora de veículos híbridos e elétricos 100% brasileira".
O primeiro modelo apresentado pela Lecar foi o Model 459, um híbrido 'nacional' com motor 1.0 turbo flex de 3 cilindros e um motor elétrico de 165 cv, alimentado por um gerador WEG desenvolvido especialmente para o modelo.
Com um design futurista e cheio de curvas anguladas, ao modo dos elétricos internacionais, mas com uma estética mais "abrasileirada" (que se achata na parte de cima, ao contrário dos modelos da fabricante chinesa), o Modelo 459 está em fase de "pré-venda": por R$ 1.593, é possível fazer uma "pré-reserva" que permite o ao modelo assim que estiver disponível no mercado.
De acordo com a Exame, a planta produtiva da Lecar vai ser construída pela empresa de engenharia Machine Desenvolvimento, do Espírito Santo; e a montadora do projeto vai ser a multinacional italiana Comau, que se especializa em automação industrial e robótica.
A fábrica, com cerca de 460 mil m², vai receber benefícios fiscais e isenção do governo estadual. Inicialmente, a planta seria construída em Camaçari, na Bahia, mas essa localidade acabou sendo comprada, antes, pela BYD.
O investimento inicial anunciado pela Lecar para o desenvolvimento dos híbridos nacionais foi de R$ 870 milhões, com R$ 630 milhões desse montante destinados só à automação da linha de montagem, e o resto aplicado nas obras de infraestrutura da fábrica. Mas Assis quer contar com a ajuda de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Sudene e de outros bancos regionais para o projeto.
A autonomia do modelo de entrada da Lecar, o 459, deve ser de 100 quilômetros no modo elétrico, com uma autonomia combinada de mil quilômetros totais. O modelo deve custar em torno de R$ 159 mil.
E ele promete não usar tomadas: é alimentado pela tecnologia Range Extender, "com um motor à combustão utilizado unicamente para recarregar a bateria que alimenta o motor elétrico responsável pela tração do carro".
Outro modelo previsto no site da fabricante é o Lecar Campo, uma pick-up híbrida com caçamba de 900 litros e motor híbrido movido a etanol. Com um design mais robusto, mas ângulos igualmente futuristas, a Lecar Campo, também com 165 cv de potência, é adequada para experiências 'off-road' e oferece uma cabine dupla.
Em novembro de 2024, um protótipo da Lecar, que tem a construção de sua fábrica prevista para 2026, foi visto nas ruas de Barueri, no interior de São Paulo, como noticiou a CNN. O protótipo era do Lecar 459 — o modelo de entrada da fabricante, que, tecnicamente, ainda não está em atividade —, e foi fotografado em um estacionamento.
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Mas o design do modelo fotografado é antigo, anterior às alterações que o deixaram mais parecido com modelos atuais, inspirados, de acordo com a Lecar, em veículos da Tesla, de Elon Musk.